Mas todas as vezes que pensava em escrever em um blog, eu imaginava: O que eu posso acrescentar num meio já tão cheio de "experts" e palpiteiros profissionais? Até que um dia, em uma conversa com amigas, uma delas disse: "Faz um blog e escreve as tuas experiências, conta sobre o que tu vive. Pode ser bom e ajudar muita gente".
Bem, isso foi o bastante pra me inspirar e me dar a coragem que me faltava. E cá estou eu!
Não me considero "expert" em nada, amo aprender e conhecer coisas novas (talvez dai minha paixão pela internet! hihihihi).
Aliás, se há algo que eu detesto é gente que sabe de tudo, fala sobre tudo, entende de tudo, dá opinião sobre todos os assuntos... Fala sério, tem pessoa mais chata? Não estou falando de gente bem informada, antenada, não! Estou falando daquelas pessoas chatas que PENSAM que sabem tudo, que sempre ACHAM que são "entendidas" da vida.
Sabe aquele tipo de pessoa que lê uma coisa, ou escuta um comentário e já faz daquilo uma verdade e sai metralhando todo mundo que faz diferente? Esse é uma das principais características de pessoas imaturas. Eu já fui assim! E acho que por ter sido assim sinto tanta agonia de estar junto de pessoas desse tipo.
Geralmente são pessoas que não passaram por muitas dificuldades na vida e acham que têm o direito de dar "pitaco" na vida de qualquer um.
Quem somos pra julgar? Ou pra dar palpite?
Uma coisa que aprendi é que cada pessoa tem uma realidade de vida. É muito fácil apontar, falar, dar opinião na vida do outro quando você vive na SUA realidade. É muito bom falar alguma coisa quando você é apenas um expectador.
Vivemos numa sociedade superficial e competitiva onde as pessoas estão se importando muito mais com resultados do que com meios, com coisas do que com pessoas, com títulos do que com relacionamentos, com "estar no auge" do que com "ser você mesmo". Não é à toa que mais do que nunca as pessoas vivem preocupadas, cansadas e infelizes.
Vivemos para cumprir metas, assumir cargos, ter uma família perfeita e sermos pessoas perfeitas. E queremos julgar as pessoas de acordo com esses parâmetros invisíveis que regem a nossa sociedade. Mas a REALIDADE da vida não é assim! Uma coisa é o que é ideal, outra coisa é o que é real, é o contexto onde alguém está inserido, o que cada um enfrenta no seu dia-a-dia. E isso muda de pessoa pra pessoa.
Só pra ilustrar: amo tudo que é saudável, tudo que é natural e também amo fazer tudo certinho, "conforme manda o figurino"... Então, quando engravidei, comecei a ler tudo que podia sobre gravidez, bebês, crianças e etc... E duas coisas que decidi foi que eu queria parto normal e amamentação exclusiva até os 6 meses da minha bebê.
Bem, o parto normal deu certo, graças a Deus. Mas a parte da amamentação, não! Imaginem a minha frustração... logo eu que a vida inteira incentivei todo mundo a amamentar, que dizia que não existia mulher com pouco leite. Logo eu, estava ali com uma bebê faminta em meus braços, sem ganhar uma só graminha desde o nascimento e com o veredicto do médico que ela precisaria receber complemento, justamente porque meu leite era pouquinho!(Vale salientar que isso foi depois de várias tentativas de fazer ela ganhar peso só com a amamentação).
Foi uma frustração total! Mas depois de uns três dias chorando, de ouvir um monte de todo mundo (Todos têm uma receita "infalível" pra resolver o problema!), de me martirizar por dar fórmula a minha filha, entendi que nem tudo pode ser como a gente planeja na vida.
Foi uma frustração total! Mas depois de uns três dias chorando, de ouvir um monte de todo mundo (Todos têm uma receita "infalível" pra resolver o problema!), de me martirizar por dar fórmula a minha filha, entendi que nem tudo pode ser como a gente planeja na vida.
Mas o pior não foi isso! O pior pra mim era ter que repetir toda minha saga pra tentar fazer com que minha bebê ganhasse peso toda vez que alguém chegava e me "esculachava" por eu estar dando mamadeira pra minha filha.
Essa foi uma das experiências que me fez crescer e entender que não podemos olhar pra uma pessoa e julgá-la por algo que não concordamos. Somente após conhecer minuciosamente suas motivações e razões podemos opinar sobre algo. E olhe lá!
Sabe, em meio a tudo isso, vejo como um chamado de Deus para o coração de todos. Será que não é hora de parar de julgar? Será que temos autoridade em alguma área pra nos sentirmos "experts" em alguma coisa e sairmos por ai atirando nas pessoas nossos "achismos"?
Jesus mesmo que é o exemplo de ser humano perfeito disse que não tinha vindo julgar os homens, mas salvá-los.
E nós que somos a imperfeição personificada, o que temos feito?
Vamos pensar sobre isso!
